quarta-feira, 13 de abril de 2022

Novos serviços

Psicólogo não faz uma coisa só!

Este post é para divulgar novos serviços que estou prestando.


Além do meu trabalho na escola e da minha consultoria em psicologia educacional, abro (e reabro) novos leques de serviços que venho aqui divulgar.


Sou psicóloga há 15 anos e educadora há mais de 20 anos. Trabalho com suporte a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado há mais de 10 anos no processo de reabilitação dentro do contexto escolar.


1. Avaliação neuropsicológica: crianças a partir de 9 anos, adultos e idosos:


O processo:


entrevista inicial / triagem (online)

anamnese (online)

testagem (presencial - Pinheiros)

devolutiva (presencial - Pinheiros ou em domicílio)


2. Reabilitação neuropsicológica (após avaliação): adultos e idosos:


O Processo:


entrevista inicial / triagem (online)*

anamnese (online)*

*caso a avaliação não tenha sido feita comigo

entrevista programática / definição de metas (presencial - Pinheiros ou em domicílio)

sessões de intervenção semanal aos finais de semana (presencial - domicílio)


3. Terapia breve operacionalizada (terapia breve de atravessamento psicanalítico) para adultos:


O processo (online ou presencial - Pinheiros)

entrevista inicial / triagem

anamnese

sessões de terapia (de 12 a 16)

fechamento: podemos fazer um novo ciclo de terapia breve, seguir com terapia de longo prazo, ou darmo-nos por resolvidas por ora!


TODOS OS ATENDIMENTOS PRESENCIAIS OCORREM APENAS NOS FINAIS DE SEMANA.


Erika Azevedo (CRP: 06/86728)


11 962391677 (WhatsApp)

ou

neuropsiedu.erika.azevedo@gmail.com


Atendimento também em inglês / laudo neuropsicológico também em inglês se necessário.







sábado, 16 de maio de 2020

O "lado bom" da quarentena

NÃO HÁ LADO BOM NA QUARENTENA ou no isolamento físico e por vezes social que estamos vivenciando.

A gente se ajeita, às vezes recria um espaço de trabalho, de estudo; sublima fazendo algo novo. Mas isso é só para segurar na ponta de algum fio de normalidade, de sentido no meio do caos.

NÃO HÁ LADO BOM NA QUARENTENA.

Quarentena é algo que se faz quando há risco à saúde. No nosso caso, hoje, vivemos um momento de tensão, medo e confusão.  O impacto deste momento na vida de indivíduos e famílias varia de acordo com inúmeros fatores, mas não há dúvidas de que todos somos afetados em algum nível. Quarentena está associada à doença e risco de morte. Não há lado bom.

O que podemos fazer então? Resignificar este momento, mas isto não significa esquecer e tentar apagar o ocorrido e, falar em "lado bom", é ignorar a dor deste momento. Prefiro pensar em processo de luto, retomando o meu texto anterior, assim, fazendo uma alusão também ao texto do Freud (1917) Luto e Melancolia. Aqui, um luto coletivo da perda de um modo de vida e um luto da perda de um suposto sentimento de segurança e talvez liberdade. Aqui, sem desconsiderar as questões individuais,  considerando este fenômeno no seu âmbito coletivo.

O que fazer? Que conversas ter?

Primeiro ponto: reconhecer a perda. É fundamental que hajam registros coletivos, memoriais que marquem simbolicamente represente este momento que passamos. É preciso, realizar a perda. Em escolas e empresa, é possível pensar num mosaico ou mural que registre sentimentos e experiências deste momento para que sua história não seja apagada. É preciso nomear para curar.

Segundo ponto: Rever os procedimentos, o fazer e as relações a partir disto que foi perdido. É preciso mostrar o reconhecimento disto que já foi. Na vivência da pandemia são as revisões das práticas e rotinas diárias.

Terceiro ponto: Transformar. Jamais, nomear isso de "lado bom", porém, num movimento de elaboração, o que tomo disso para seguir em frente? Muitas pessoas puderam repensar seu modo de trabalhar, se relacionar, aprender, amar. Como comunidade é urgente permitir que este processo seja realizado. Que alguma lição seja aprendida, por mais utópico que isto se pareça.

Essas são algumas considerações que tem auxiliado a mim e aos meus colegas a pensar este momento de transição.

Os estudos e trocas continuam e que deem mais fruto.





quinta-feira, 14 de maio de 2020

Perdas, luto e trauma coletivo em tempos de pandemia

Perdendo ou não entes queridos, vivemos um momento de luto e potencial trauma coletivo. Se as "perdas" (ainda que simbólicas) na vida são inegáveis e inevitáveis, agora mais do que nunca elas são muitas e incontestáveis; e são compartilhadas.

O impacto deste momento na vida de indivíduos e famílias varia de acordo com inúmeros fatores, mas não há dúvidas de que todos somos afetados em algum nível.

Tenho pensado muito sobre perdas, luto e trauma dentro do contexto do meu trabalho e de que forma podemos, como instituições onde os atores tem uma relação profissional,  nos organizar para dar conta e suporte para nossa comunidade. Há diversos profissionais e autores que podem nos falar deste assunto. Sábado dia 16 serei aluna em um curso no CEP a este respeito com o professor Christian Dunker. Compartilho aqui algumas reflexões iniciais que fiz neste percurso de pensar o tópico em tempos de pandemia. Ao final, as referências que consultei especificamente neste assunto mais recentemente e que tem me ajudado, junto de outros colegas, a pensar como estarmos minimamente prontos para acolher neste momento.

Primeiramente, tenho pensado em quais são os aspectos fundamentais do processo de luto, ou seja, o que é fundamental para elaborarmos o luto? Entre leituras e pensar formas de compartilhar isso com colegas, pensei na imagem abaixo:



 A ideia da imagem não é reduzir o fenômeno do luto, mas facilitar pessoas comuns que não são necessariamente terapeutas, mas lidam com um grande número de pessoas (professores, orientadores e administradores em escolas, mas também gerentes e coordenadores em empresas de uma modo geral) a terem em mente pontos chaves a considerar frente a este momento.

No que diz respeito à conexão, é no sentido que pensar em quem está disponível para ouvir o outro num momento de perda individual. No contexto dos traumas coletivos, a ideia de conexão perpassa pela nação de como olharmos e nos vincularmos uns aos outros neste momento agora que não é mais como era antes.

A questão do espaço tem uma concretude dolorosa: em tempos de pandemia, não estamos podendo nem enterrar nossos mortos direito. Assim, que espaços , ao menos simbólicos, podemos criar para minimizar a falta dos espaços e rituais tradicionais de nossa cultura que hoje ficam em suspenso? Como grupo, que espaço simbólico podemos criar para registrar o que ficou, o que se perdeu para nós?

Como contar o tempo para superar isso que nem acabou? Se há um tempo oficial, burocrático, previsto em lei para o luto de um funcionário; não podemos dizer que este "tempo " legal dá conta do tempo subjectivo de processar uma perda e certamente não é um equivalente para um lutos e traumas simbólicos. As considerações sobre o tempo pedem que se tenha em mente que o fazer do trabalho ou do estudo (neste contexto de onde falo) não pode ser mais como um era antes. Certamente não por um bom tempo e é preciso achar alternativas para que os indivíduos continuem existindo e sendo durante este tempo .

É tempo de pensar  que é realmente necessário.

Esses são pontos essenciais que creio que devemos estar atentos ao acolher e nos acolhermos enquanto indivíduos e grupos, do ponto de vista da educação, mas de outras esferas do trabalho.

Referências:









sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Meninos e questões de imagem corporal

Origem da foto, esse excelente vídeo sobre o assunto.

Por muito tempo, associou-se questões com a imagem corporal ao sofrimento psíquico feminino apenas; contudo, mesmo que ainda em atraso, começam a aparecer mais estudos que comprovam o que educadores e profissionais da area da saúde mental tem verificado há tempos: meninos também sofrem com sua imagem corporal e pelos mesmos motivos que levam às mulheres a esse sofrimento: ideias  socialmente construídos e engessadas sobre feminilidade e masculinidade.

Este artigo, do site Common Sense Media traz algumas reflexões sobre esta questão. O site está em inglês. Abaixo, compartilho alguns apontamentos baseados na minha prática em educação e saúde mental sobre formas de ajudar nossos filhos (meninos e meninas) a superarem e lidarem com essas questões:

- Quando falar de comida com seus filhos, fale em termos de saúde e nunca associando um tipo de alimentação com ficar com um corpo de um jeito ou de outro. Nunca diga "isso engorda" ou "se comer isso vai ficar gordo". Além deste tipo de associação ser relativa, este tipo de comentário associa culpa ao ato de comer, algo que é vital, cultural e deveria ser prazeroso.

- Se houver preocupação com o peso de seu filho, consulte um especialista para buscar o equilíbrio e o ideal para a criança.  Nunca trate isso com teor estético, como sinal de beleza ou falta dela nunca diga que seu filho está gordo ou magro demais. Associe a necessidade de emagrecer ou engordar com saúde, baseando esta busca em acompanhamento de profissional especializado.

ALIÁS, em tempo, o fato do peso de uma pessoa poder estar associado com sua saúde, NÃO TEM RELAÇÃO com sua beleza. Temos que parar de usar "nossa, você emagreceu" como elogio.

- Fique atento ao que seu filho ou filha vê por aí, no YouTube, no Instagram, Netflix, etc. Via de regra, guardado o devido julgamento frente a informação claramente inapropriada para a idade, eu sou contra proibições, prefiro trabalhar na linha da conversa. Acesso o conteúdo junto de seu filho de vez em quando, problematize aquilo que está sendo apresentado, não julgue ou puna seu filho, não ridicularize o gosto dele, mas pense e reflita junto, coisas como "nossa, filha, você percebeu que todas as 'sereias' dessa série são loiras (ou magras)"? Nossa, será que esse cara dessa foto é assim mesmo na vida real?

- Ao invés de tentar impedir sua filha ou filho de acessar algum conteúdo (vide observação acima, exceto em caso de óbvia inadequação), ofereça a inclusão de fontes mais saudáveis e interessantes de  de conteúdo na internet.

Abaixo, algumas páginas no instagram que podem interessar e ajudar a quebrar estereótipos:

https://www.instagram.com/obarrigapositiva/
https://www.instagram.com/mqueridocorpo/
https://www.instagram.com/nutricaosempressao/
https://www.instagram.com/mbottan/
https://www.instagram.com/mairacomacento/

quarta-feira, 13 de março de 2019

Misconceptions in Special Needs


Resultado de imagem para learning difficulties
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Today I had a friendly debate with a colleague about special education. He was annoyed at the fact that some students seem to “use” their learning difficulty diagnose as an excuse to not try hard enough. In our school, most SEND cases are mild and don’t include severe diagnoses; they are, nonetheless, important and require attention. To lure me into the discussion, he blamed my department – the special needs department in our school – for this. I was, of course, quite aggravated by that unfair provocation and gladly took part in this little debate and we ended up allowing ourselves the opportunity to reflect on some interesting issues regarding special education.

Despite the friendly provocation, as Freud would say, a joke is not just a ‘slip’, but it can reveal a lot! There is a misconception about what having a special needs diagnose or learning difficulty indication means. Saying someone has concentration deficits or language processing difficulties is the beginning of a conversation that must include a cooperation plan between home and school. It does not mean the child or teenager is absolutely unable to do certain things, such as focus on a task or comprehend a text and respond to it, but it means this student needs help to develop certain strategies to do so that other students might not. It means that certain classroom adaptations will be needed to nurture the development of these abilities, which does not mean doing it for the person or accepting all kinds of behaviour. Both parents and teachers get confused sometimes and need extra support (and a lot of patience!) to overcome these communication obstacles.

Some parents will come and ask to please let them know when their 13-year-old has a test so that they can help him/her study at home; when we say we can´t do that, they throw the ADHD argument in the picture. Well, in this case, not having us become his/her agenda or secretary is precisely what your child needs in order to learn skills that will help him/her cope with the difficulty the diagnose present. On the other hand, some teacher will respond back mad at us that a pupil we are saying requires certain adaptations in the teaching is rude and lazy and that is the problem altogether. Even if this behaviour is related to the learning issue – which in many cases is – it is only fair enough that the teacher can, of course, tackle the behaviour according to school protocol, but it is also fair that this protocol is imposed on this pupil only after the school has done its part in offering learning support provision to this pupil.

In other words, working with this communication gap between what special needs really is and what some parents and teachers think of it is an integral part of the learning support work. It is necessary to develop empathy and think about where these people are coming from, listen to their complaints, frustrations and even misconceptions – that may occasionally annoy the experienced SEND profession! But that is the only way to build the cooperative atmosphere that can support the learning community.

(1) https://www.woodcockpsychology.com.au/learning-disorders/

sexta-feira, 8 de março de 2019

Organizando os estudos: para adolescentes e adultos

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 Do que estamos falamos quando falamos em organização?
Organização é um processo natural dos seres vivos. É um processo tanto individual quanto grupal. Basta pensarmos no mundo a nossa volta. Em casa, os cômodos são divididos – ou seja, organizados – em cozinha, banheiro, quarto, sala, etc. e cada um destes lugares exerce uma função mais ou menos estável, ou seja, temos uma ideia do que vamos encontrar em uma cozinha, seja na minha casa ou na sua, aqui no Brasil ou na Rússia. Na escola, os espaços e horários são organizados; mesmo em sistemas educacionais alternativos aos tradicionais onde esta ordenação apresenta-se de forma mais flexível, há uma busca por algum tipo de ordem das coisas. Enfim, no trânsito ou no armário, nas gavetas ou mochilas, nos prédios e nos parques, no nosso corpo e na natureza ao nosso redor, a organização está presente como algo absolutamente normal e corriqueiro. Não queremos com isso dar a impressão de algo massificado e igual; claro que há variações culturais e pessoais ou situacionais, mas queremos, essencialmente, mostrar que a necessidade de colocar as coisas em uma ordem funcional, num todo organizado, arrumando as coisas de forma coerente e sistemática não é algo estranho a nós humanos. 
Por que algumas pessoas não conseguem se organizar? 
A grande questão da organização é sua eficiência. É natural a busca de formas de organização, mas há muitos motivos para esta não ocorrer de forma eficiente. E aí o que temos é a desorganização. Os motivos são muitos. Há estudos que apontam tanto para causas orgânicas quanto para a história de vida como razões para um indivíduo não conseguir desenvolver estratégias de organização adequadas. 
Funções executivas:
As funções executivas e de auto regulação são habilidades mentais associadas com a capacidade de desenvolver estratégias eficientes de organização. São essas habilidades que nos permitem focar nossa atenção, planejar os passos de uma ação, filtrar e ignorar distrações, resistir impulsos inapropriados ou pouco produtivos, sustentar atenção durante uma ação, demonstrar flexibilidade mental, e resolver problemas de uma forma geral. Essas funções são desenvolvidas da infância ao início da idade adulta de forma gradual e são em grande parte moldadas por nossas experiências.[1]São fundamentais para que o indivíduo consiga organizar-se se pensarmos que encontrar estratégias de organização é basicamente uma habilidade de solução de problemas que requer planejamento e flexibilidade mental. 
Como o aluno desorganizado pode se prejudicar?
Em artigo onde discute novas perspectivas para a educação frente às inovações tecnológicas que temos disponíveis hoje, Moran (2004) afirma que o aluno desorganizado enfrentará mais e mais dificuldades para coordenar as diversas ferramentas disponíveis para conduzir-se numa dinâmica de aprendizado mais diverso e que requer mais autonomia. As dificuldades de organização são um problema que está se tornando crônico. Donaciano e Almeida (2011) em pesquisa sobre a estratégia de estudo de universitários perceberam que a maioria dos alunos que chegam ao ensino superior ainda “não aprendeu a organizar e a regular o seu estudo de forma eficaz” [2](p.285). Isto é um dado alarmante. A desorganização é um fator de sofrimento mental porque o indivíduo desorganizado está sempre sob pressão, estressado para dar conta de seus afazeres. Sem organização, compromissos são esquecidos e perdidos, os horários a serem cumpridos são martirizantes, o indivíduo não consegue mostrar todo o seu potencial porque não consegue apresentar suas ideias de forma adequada. Na escola, estamos falando de alunos que levam advertência por frequentemente esquecerem-se de fazer a lição de casa, alunos que perdem a tarefa ou que fazem de forma incompleta ou não a fazem por não terem anotado o que era para fazer; alunos que vão mal em uma prova por não lembrarem de estudar, ou por não saberem como estudar ou não terem estratégias para responder certos tipos de perguntas em provas ou por não administrarem bem seu tempo. 
O que propomos?
O trabalho de suporte psico-educacional para estas questões foca em três pilares de organização para sustentar uma vida escolar saudável e de sucesso, ou seja, o melhor desempenho escolar sem os efeitos danosos do estresse crônico causado pela dificuldade de ser eficiente em seus métodos organizacionais. São estes pilares: gerenciamento do tempo,técnicas de estudo, e estratégias para avaliações.
Gerenciamento de tempo:
Diz respeito à organização das tarefas de forma a considerar quais são as prioridades. Parece óbvio que as coisas devem ser feitas de acordo com o que é mais importante, mas, além de não ser tão simples assim, algumas pessoas não possuem técnicas adequadas de utilização de seu próprio tempo. Para que o tempo flua – ao invés de escapar de nossas mãos – é preciso haver um equilíbrio entre as tarefas difíceis (para alguns, estudar as diferenças entre o Arcadismo e o Barroco) e fáceis (memorizar as zonas morfoclimáticas do Brasil); que exigem muito raciocínio lógico (estudar para prova de termodinâmica), por exemplo, em oposição a outras manuais (fazer um diagrama do ciclo da água), atividades “importantes” (responder questões sobre a vinda da família Real ao Brasil) versus atividades triviais (levar o cachorro para passear, tomar banho, lanchar). Todas essas atividades devem ser computadas na nossa administração de tempo. E esquecemos disso, gerando frustração e exaustão. 
Técnicas de estudo:
Como se estuda? É lendo? É fazendo exercícios? É como? Muitos de nossos estudantes não sabem no que consiste a tarefa de estudar um tópico, uma matéria. O que é preciso fazer para otimizar o processo de retenção e compreensão de um assunto para futuro uso e aplicação – ou seja, para aprender de fato? Enquanto é verdade que para cada pessoa a técnica pode variar por conta de preferências pessoais e que matérias diferentes possibilitam que o estudo seja feito desta ou daquela forma, um dado crucial que temos que ter em mente é que nosso cérebro – o carro chefe do processo de aprendizagem – gosta de variedade. Ou seja, é preciso variar o jeito de estudar para aumentar as chances de aprender melhor, de transformar o conteúdo visto em conteúdo guardado, memorizado, apreendido. Também é preciso dormir – pois as conexões sinápticas envolvidas no processo de aprendizagem se flexibilizam durante o sono, há uma reorganização neuronal, reações químicas e aquilo que é importante – que apareceu de forma variada para o sujeito e assim ativou diferentes grupos de conexões neuronais – fica, é fixado como memória. O trabalho psico-educacional visa pensar nessas diversas formas de estudar e outras tantas ferramentas para um aprendizado pleno, sempre levando em consideração o indivíduo como agente das mudanças que precisa levar a cabo. 
Estratégias para avaliação:
Qual a diferenças entre “apontar as diferenças” e “analisa-las”? É muito frequente que um aluno “vá mal” em uma prova não por não saber o conteúdo, mas por não responder a pergunta adequadamente. Outro grande problema é a dificuldade de discernir conteúdos o que é essencial daquilo que é detalhe, seja em uma questão que envolve interpretação de texto, de verdadeiro ou falso ou teste de múltipla escolha. 

Através destes três pilares e levando em consideração as questões subjetivas do indivíduo que aprende, podemos propor um trabalho consistente de apoio psico-educacional para adolescente e adultos. 

Bibliografia:

Donaciano, B.Almeida, Leandro SEstratégias de estudo: auscultando os estudantes universitários de Moçambique sobre as suas aprendizagens. Centro de Investigação em Educação - Universidade do Minho – CIEd. Jul-2011. http://hdl.handle.net/1822/15863.
Harvard. Center on the developing child. www.developingchild.harvard.com  
Moran, J.M.Perspectivas (virtuais) para a educação. em: Mundo Virtual. Cadernos Adenauer IV, no 6. Rio de Janeiro, Fundação Konrad Adenauer, abril, 2004, páginas 31-45. 



[1]Harvard. Center on the developing child. www.developingchild.harvard.com
[2]Embora os pesquisadores tenham realizado a pesquisa em Moçambique, a julgar por nossa experiência profissional, não é demais extrapolar as conclusões para a realidade brasileira. Além disso, esses autores assim atestam baseados em pesquisas dos seguintes autores: Pintrich & Zusho, 2002; Rosário et al., 2007; Schunk & Zimmerman, '1997t Zimmerman& Risemberg, 1997 que realizaram inúmeras pesquisas de escopo internacional. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Por que alguns adultos não acreditam nas crianças e por que algumas crianças mentem?

Impressionada com o feito, minha filha (8 anos), que havia acabado de acordar "sozinha" à 1:40 da manhã, me pede: "mãe, conta para a professora senão ela não vai acreditar". "Por que ela não acreditaria em você?, "porque nem sempre as professoras acreditam na gente porque algumas crianças mentem pra chamar atenção, mas eu não!"

Realmente Estela não costuma mentir. Eu lembro de duas mentiras importantes que contei quando tinha próximo da idade dela: uma, que meu pai era o presidente e outra que eu seria a dama de honra num casamento. A primeira não deslanchou, era meio óbvio que meu pai não era o presidente! A segunda foi vergonhosamente desmascarada numa tarde de domingo. Não lembro de ter contado outras mentiras deste tipo depois do episódio.

Diversos especialistas dão explicações para essas mentiras infantis. Como diz a professora do Departamento de Psicologia da Educação da UNESP/Araraquara, Luciene Tognetta "elas (as crianças) supervalorizam a própria imagem e ainda não são capazes de se autorregular" (1). Como diz Isabel Adrados (4), a intenção não é enganar, mas é uma distorção da realidade por outras razões, mas de "boa fé". Outras reportagens interessantes podem ajudar a elucidar a questão para os adultos (2), (3); as hipótese conversam entre si: fantasia, desejos frustrados, insegurança, atenção. Mentir, para as crianças, é quase como a expressão verbal de um sonho.

Mas as crianças não mentem o tempo todo; e alguns adultos mentem também, mas por que parece ser mais fácil acreditar num adulto do que numa criança? Algo do tipo poderia ser dito: 'porque as crianças fantasiam e distorcem a realidade de forma não premeditada e isso faz parte de seu desenvolvimento'. Sim, mas não seria então importante que nós adultos, ao invés descartar de imediato a história de uma criança, tentássemos nos conectar com ela e entender a verdade por trás de sua história a fim de ajuda-la a elaborar isto que a levou a conta-la, mesmo se esta for uma "mentira"?

Este tipo de situação me leva a questionar o quanto eu e meus colegas educadores somos ou não capazes de escutar as crianças para além das medidas protocolares que seguimos para lidar com o comportamento delas. Quando paramos e as ouvimos e as deixamos nos guiar através de sua história?

Referências:

(1) https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/11/contar-mentiras-e-proprio-da-infancia-saiba-como-lidar.htm
(2) https://super.abril.com.br/comportamento/quando-os-filhos-comecam-a-mentir/
(3) http://leiturinha.com.br/blog/por-que-as-criancas-mentem-confira-10-maneiras-de-lidar-com-isso/
(4) http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abpa/article/viewFile/16392/15199

Novos serviços

Psicólogo não faz uma coisa só! Este post é para divulgar novos serviços que estou prestando. Além do meu trabalho na escola e da minha cons...